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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Courierser



Sério? Courier New? Sim, e se reclamar vai ser na grafia do Dodgson, oi galera, esse é o resultado de se ler muito J.J. Coelho no trabalho, (mas eu só leio isso?) não, também leio Julia Quinn e Kiera Cass, uma hora eu falo delas, o fato é que meu computador no serviço não tem internet e daí eu fico digitando essas pataquadas, hoje não teremos histórias negativas dos nossos velhos heróis mas de outas figurinhas que despontaram por lá para viverem suas próprias aventuras, ta certo que as referências são diretas, mas a sinopse veio antes de eu saber que alguém misturou mistério e Lewis Carroll num livro só e não estou falando de Frederic Brown (Night of The Jabberwocky), resgatei do baú um projeto  e misturei com outro, mas aqui está o resultado, é só a primeira parte, estou cogitando se revelo a vocês ou não alguns detalhes da segunda, mas o fato é que eu só quero compartilhar com vocês ou com ninguém (se ninguém estiver lendo esse blog, da um tchauzinho aí Nicole!) o enredo que saiu do papel hoje. O único personagem de minha autoria é o Jorge, a May é a irmã da America (que está fazendo coisas próprias de uma Cohen) e a Lacie vocês já conhecem, nossa amada Leicinha. Boa Leitura!







Parte I 

Como ressuscitar um maluco

 


No mundo mágico e relativamente pacato do nosso garoto Martin, o manuscrito só foi deslocado de lugar, mas no mundo real, o começo foi diferente, depois os universos se tornaram o mesmo, o manuscrito de Aventuras de Alice no Subterrâneo havia sido furtado da biblioteca britânica de uma maneira que não deixou nenhum rastro, a notícia fora acompanhada pelo noticiário

Cecília Malan direto de Londres, Jornal Hoje

“Um dos maiores tesouros da literatura britânica foi furtado da biblioteca nacional essa noite, o manuscrito original de Aventuras de Alice no Subterrâneo que deu origem mais tarde ao clássico Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, foi levado do espaço reservado a obras raras da biblioteca e até agora não foi encontrado nenhuma pista sobre quem teria praticado o roubo, já estão analisando as câmeras de segurança, mas a Scotland Yard afirmou que o crime fora muito bem premeditado e executado de forma que até as câmeras estavam desviadas no momento do ocorrido, até agora nenhuma hipótese está descartada mas o clima é de perplexidade entre os ingleses, afinal, parece um roubo de cinema, o manuscrito tem um valor inestimável,  já que é parte da história da cultura britânica, ele foi escrito e ilustrado a próprio punho por Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido como Lewis Carroll, e dado de presente para Alice Liddell, anos mais tarde, ela vendeu esse livro para um colecionador americano, por milhões, e depois da segunda guerra, o manuscrito foi devolvido a Inglaterra pelo EUA.” Era uma nota rápida e eu não sei escrever textos jornalísticos ainda.


Jorge andava tranquilamente por Londres com a porra do manuscrito debaixo do braço, fora necessário muita gente para que o pequeno e singelo tesouro fosse roubado, mas toda essa gente era gente da Ordem, gente boa, amiga, depois ele ficaria alguns dias lendo isso lá perto do Martin sem que esse percebesse... Por que fora incluído logo a ele a missão de ressuscitar o velho? Uma mulher foi designada para o cargo mas achavam que ela não iria conseguir, daí a bonita voltou, mesmo os dois sendo bem cientes do que teriam que fazer não desistiram, ele estava passando na rua na hora e achou uma boa continuar com o plano, ele só precisava do manuscrito e isso não deu muuuito trabalho para eles, Jorge e Maria, a selecionada para a missão agora estavam em Oxford junto com uma recém chegada brasileira que conseguiram burlar o destino e estar em Oxford nos próximos tempos sombrios, ela confirmara presença no evento pitoresco. Não diremos o nome dela
-Agora que temos o manuscrito em mãos e toda Inglaterra chora a perca desse tesouro, o que temos de fazer?- pergunta Jorge
-Bem, o pessoal deu aquele sorrisinho cínico e disse que agora é por nossa conta e risco, como se eu estivesse muito segura para seguir daqui em diante enfrentando todas as armadilhas deixadas pelo faraó vitoriano
-Cammppel disse alguma coisa relacionada ao próximo eclipse doze sacrifícios
-Os Doze sacrifícios, a nerd aqui andou tomando nota do que especificamente seria isso, era uma tradição da família Dodgson, antiquérrima, depois do eclipse eles matam doze pessoas, mas na seqüência, cada sacrifício é realizado em meio a um ritual, e o corpo é deixado para ser descoberto, geralmente as pessoas escolhidas para o sacrifício eram pessoas que ofereciam riscos á família, ou, traidores
-Traidores...
-Coisas do tipo

Matt Raymond, um detetive conceituadíssimo da Scotland Yard é chamado para o caso do roubo do manuscrito e a primeira coisa que ele descobre é que o ato foi realizado por muitas pessoas.
 Voltando aos nossos heróis, tanto Jorge como Maria lêem o manuscrito, várias vezes, é o único casal da Christ Church que está no mesmo quarto, a porta bate
-Pode entrar- diz Maria, Lacie entra no quarto com uma bandeja com biscoitos e chocolate
-Como vão nossos aventureiros?
-Lacie, Lacie, sempre ela- diz Maria
-Uma dama de Ouros tem que zelar pela vida de sua majestade
-Por que nós?- pergunta Jorge
-Por que Maria na verdade se chama May Singer, o melhor, May Cohen
-Por que eu não posso ser a America?
-Sabia que é ela que guarda os diários do rei?- pergunta Lacie- Vão precisar dela quando forem atrás de algum diário “perigoso para Martin”, mas certamente não precisarão, as pistas são bem claras quanto a isso
-A com certeza... - dizia Jorge enquanto afundava o Coockie no chocolate


-Achei alguma coisa- se virou May e Jorge se juntou a ela na escrivanhia
-O que?
-Veja isso, na página em que estão as ilustrações do pai William, quando as observamos com raio ultravioleta, podemos ver que contem na tinta traços de rubi
-Rubi??
-Sim, rubi, na tinta em que foi escrita eu não me admiro de ter encontrado isso, porém, essa é a única página em que o rubi contorna todas as ilustrações
-E?
-E isso seria realmente complicado, afinal este manuscrito especificamente, tem muita coisa doida, tipo, magia, ele foi roubado lá em NY, mas ninguém se lembra disso graças a magia de esquecimento feito pelo glorioso Mestre André, eu só vim parar nessa doidura por que eu estava em Londres e comprei um bibelô numa feira de garagem, dentro dele havia um pergaminho- ela falava enquanto se levantava, ia ao armário e tirava ao documento
-Aqui está, no pergaminho há um monte de números e desenhos semelhantes ao manuscrito
-Sim, são os desenhos de teste de ilustração feito a próprio punho pelo Lewis Carroll
-Sério?Que coisa... Bem, então um dos desenhos é justamente o pai William, do poema, ele está em vermelho, veja o que acontece quando pegamos o pergaminho e
-Espere..
-Espere o que?
-Isso não é um pergaminho pergaminhos eram feitos de couro, esse parece ser uma espécie de tecido fino e... Que tipo de tecido é esse que existia no século dezenove?
-Não importa, é um tecido mágico, só acredito por que confio totalmente que há magia e que Lewis Carroll estava nela como estava na matemática, em fim, colocamos o desenho do pai William sobre a ilustração do manuscrito e
-Espere...
-O que foi agora?
-Aquele manuscrito do Martin era falso?
-Também foi feito pelo Lewis Carroll
-Quantos daquele ele fez?
-Uns 7, mas só o do Martin tem pistas e esse é o verdadeiro que ele deu para a Ali8ce, o este é para despistar traficantes de obras raras e gente que nem o Martin, agora esquece ele, veja o que acontece- May colocou o tecido sobre o desenho e este ficou vermelho, na barriga do personagem tinha algo escrito em latim
-O que está escrito? Você sabe Latim?
-Auau
-Sem graça, ainda bem que eu tenho um dicionário de latim aqui do lado

Estava escrito.

“No final do livro, use o tecido”

-Engenhoso Charles, Martin tem uma carta, nós temos um pano!- ironizou May
- essa pistas foram deixadas pelo próprio - eles foram até a última página e colocaram por cima o tecido, só conseguiram ler em latim

“Acenda a Luz”
-O que isso quer dizer?- perguntou Jorge?
-A luz, por debaixo, vamos tentar- eles acendem a luz por debaixo da folha do manuscrito e acham a pista desta vez em inglês mesmo

“Euclides foi proscrito em 42
Em todos acharão
No meu ar de ferro Olhem para o chão”

-E agora?
-Agora vamos pensar, Euclides... Ele escreveu muitas obras sobre Euclides
-Talvez a próxima pista esteja em alguma dessas obras
-Mas não estaria na obra original?
-Não sei
-De qualquer forma vamos dar uma olhada... Para a biblioteca

Na biblioteca, já se divertindo com a presença de Martin, ele nem desconfia, May e Jorge pega algumas obras de matemática do reverendo Charles Lutwidge Dodgson, lacie ajuda
-Precisamos das que ele escreveu sobre Eucliades- diz May
-Lacie, te pago uma comissão para trabalhar só para a gente- diz Jorge
-Para com isso meninos, eu não levo chocolate com biscoitos para o Martin... aqui está uma, “Euclides e seus rivais modernos”- May e Jorge pegam o livro e vão para uma mesa
-E agora? Vamos ter que ler todo esse livro de matemática?
-Claro que não, deve haver alguma pista nele
-Trouxe o pano?
-Não, sabia que Martin estaria aqui, não queremos que ele descubra que estamos em uma missão semelhante, ele vai achar que é a mesma, e se descobrir que não você sabe...
-Sei sim, bem... lá dizia proscrito em 42, procura aí na página 42
-Era um número muito especial para Carroll- May abriu na página 42 e achou um desenho geométrico, cheio de retas e curvas e números
-Ele quer que desvendemos isso!- disse Jorge animado
-Aff, como assim? Agora ele quer que saibamos matemática?- pergunta May
-May, ele era um professor de Matemática
-Mas quando ele diz... Em todos acharão?
-Hummm bem... Em todos acharão...- eles ficam pensando por um tempo..
-Talvez- diz May- ele estava se referindo ao fato de qualquer livro dele tivesse essa pista... tipo.. em todos os meus livros acharão?
-É uma boa
-É uma boa porcaria! Quer dizer que vamos mesmo ter aprender geometria!!
-Calma, calma, lembra do que o Cammppel falou sobre pistas, a próximas sempre completam as primeiras... vejamos... a próxima frase é?
-No ar meu ar de ferro, olhem para o chão.
-Meu deus, isso complica muito
-Na verdade facilita mais, olhe para o chão, quer dizer que a acharemos algo no piso de onde... de onde tiver esse ar de ferro... ?
-Então, inteligência, onde tem ar de ferro?
-Ar de fertro?- aí eles tiveram mais trabalho, levaram o livro consigo mais ficaram quebrando a cabeça tentando desvendar onde teria ar de ferro
-Talvez um lugar poluído!- disse May, eles foram ao lugar mais polido por metais de Oxford, mas não encontraram nada, voltaram frustrados
-Talvez um lugar cujo ar esteja contaminado por amianto?- foram ao lugar cujo ar estava entupido de amianto, quase morreram, mas não encontram nada
-Vamos tentar um lugar que tenha muito ferro- foram a ferroaria de Oxford, não encontraram nada
-Eu desisto! O eclipse é daqui a poucos dias e ainda não encontramos a próxima pista!- dizia Jorge emburrado entrando no quarto quando eles tiveram uma surpresa, as paredes, as cortinas e os móveis, tudo, tudo estava pintado de sangue a palavra “Smell”
-O que é Smell?- perguntou Jorge perplexo com aquilo
-Cheiro- disse May, ela caminhou até uma pintura que estava escorrendo, passou o dedo e levou ao nariz
-Isso é sangue mesmo?!
-Sim, tem... cheiro...


-LACIE!LACIE!LACIEEE!!!
-Xiiiiiiu crianças, vocês estão numa biblioteca, por favor!
-O nosso quarto apareceu cheio de sangue hoje
-As câmeras de segurança registraram aquilo lá sendo pintado sozinho, veja- e virou para eles a tela do computador que registravam cenas do sangue sendo pintado sozinho nas paredes
-Isso é um horror! Há câmeras de segurança no nosso quarto??!!- disse May indignada
-Só para registrarem eventos como esse- disse Lacie tranquilamente
-Aposto que no quarto do Martin não tem isso- diz Jorge
-Ce que pensa, tem até no banheiro
-A Propósito Lacie, qual é o lugar que você conhece que mais tem cheiro de ferro?
-A com certeza é o escritório que pertenceu ao Lewis Carroll, aquilo lá me deixa até enjoada
-MALDITOOO!!!- Gritou May na mesma entonação de EUREKA

-Agora é só olhar para o chão- diz Jorge
-Mas eu não vejo nada nesse tapete- diz May- vou usar meu tecido- e coloca o tecido sobre o tapete, lá eles lêem

“Tire o carpete, gênio!”

-Você é bem engraçadinho para uma pista, hein?- comenta Jorge, e ele ajuda May a tirar o tapete, no chão eles vêem o mesmo desenho que viram no livro, com a exceção de um detalhe 
-Essa linha não passa aqui- observa Jorge se ajoelhando
-Ótimo, você também sabe matemática- Jorge passa o dedo na linha e algo estala, eles pulam de cima do desenho e o chão se abre e levanta dele um mini púlpito com uma Caixinha de vidro em cima, que se abre, guarda uma aliança, May imediatamente a pega.
-Que lindo
-É um anel mágico, tipo, senhor dos anéis?
-Não seja besta... tem algo escrito lá dentro- May lê

“Um anel perfeito para o casamento perfeito”

-Essa é a próxima pista,
-Vamos voltar, antes que alguém entre aqui, tipo... O Martin.. ou a Nicole querendo pagar alguma dívida
-É... Vamos para o quarto.


No quarto, May analisa o pano, e em uma parte dele tem um anel desenhado, dentro do anel tem a palavra “sister”, irmã em inglês, ela coloca o desenho sobre a ilustração de Alice e sua irmã no início do manuscrito, mas não revela nada, coloca a luz por baixo e nada
-Tenta colocar o anel no desenho dele- Jorge da a dica e May obedece, ela coloca o anel por cima do tecido e dentro do anel aparece uma mensagem tão pequena que eles pegam a lupa para ler

“O casamento door
Consumido door
na door

door door

da sua casa
 da sua irmã”



-MALDITOO!!!- Gritou May

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