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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Está na minha estante- Eu Sou Alice

A Culpa é de quem?


Uma coisa é certa, eu tenho que começar a escrever obre os livros que eu tenho na minha estante ou ter um blog não servirá de absolutamente nada além de eu postar de vez em quando umas coisas que eu acho que vão interessar as pessoas que o lêem....  Eu e Ninguém, até Deus deve acessar blogs mais interessantes... em fim (esse devia ser o nome de um canal no You Tube para mim por que eu repito muito esse termo) não escrevo por que não sei ou não tenho sobre o que escrever, não escrevo por que simplesmente tenho preguiça mas isso vai ter que começar a mudar a partir de hoje.

Tenho Uma fanfic para colocar o último capítulo mas não vou por que um... (nem vou falar o que penso) resolveu empacar no capítulo 12, o maldito capítulo 12, vocês lembram da May e do Jorge, não havia por que achar que eles fariam algo tão horrível
Tenho resenhas para fazer
Tenho que falar sobre os filmes que assisti antes que eu me esqueça deles

A Fanfic depois eu falo por causa dessa bronca toda, (tenho que cuidar da volta do nosso Vilhens para cá)

Mas vamos pela resenhas

Hoje eu trago para vocês um livro que me deu muita raiva, não por que ele é ruim ou decepcionante mas por que a autora escolheu contar uma história real de uma maneira bem..... bem..... bem, eu vou explicar para vocês. O livro é Eu Sou Alice (peloamordeDeus, não confundir com Hoje Eu Sou Alice, a diferença de um Hoje é Ela tinha razão e ela nunca vai ter tido razão na história) da escritora Norte Americana Melanie Benjamin




(autora Melanie Benjamin)




















O livro conta a história de Alice Liddell, para quem não sabe (o que você está fazendo aqui?) Foi a melhor amiguinha que o escritor Charles Lutwidge Dodgson (vulgo Lewis Carroll) e para quem ele deu o manuscrito que anos depois viria ser Alice no País das Maravilhas, esse você conhece, o livro conta justamente essa relação dela com a ele e toda essa coisa de ter sido “musa inspiradora” e etc e tal. Há alguns livros que já fizeram isso, digo, contar a história de Alice e da “amizade” que ela tinha com o autor, mas o diferencial deste livro é que ele conta pelo ponto de vista da Alice (em primeira pessoa, como se Alice o narrasse), isso é, ao em vez de biografia, o livro toma o caráter de um romance de época, sim, um romance de época, mas eu não estou criticando, eu AMO romances de época (os Bridgertons, depois falaremos deles), mas há um, porém nisso tudo, é muito bom imaginar Alice com seus lindos vestidos de bailes nos salões decorados de Oxford, mas eu vou contar por que mais legal para mim ainda é imaginá-la levando chá de cadeira feito a Penélope Featherington.
Eu Sou Alice é divido em três partes, a primeira é quando ela ainda é criança, para quem não sabe, ela tinha 4 aninhos quando conheceu o escritor mas essa parte foca dos 7 aos 10 anos dela, nesse período ela é questionadora, curiosa, reflexiva e mais parecida com a Alice do livro, a relação dela com o Sr Dodgson (vocês sabem quem é) é mostrada de maneira doce, sensível e nada, NADA, que eu com todas as forças negativas deste e de outros universos posso dizer “Ai que absurdo, nossa, esse cara é um perigo para ela, não tem nenhum adulto confiável por perto!”, o motivo é simples, ele é o único ser humano que entende ela, pelo menos no livro, talvez na vida real ela tivesse certas conversas com sua irmã mais nova, mas no livro não é mostrado nenhuma criança com que ela tenha amizade, nenhum adulto, apenas o velho e “bobo” Sr Dodgson, a relação deles é muito bonitinha, e as vezes da impressão de que a Alice é mais perigosa do que ele (e vocês tem a confirmação disso no final), de qualquer modo eu sempre digo que se pudesse eu arrancava essa primeira parte, colocava um “e viveram felizes para sempre no final” e jogava o resto fora, eu shippo os dois sim, descaradamente, assim como eu faço com o Cedric e a Sophia.
Na história real, (ou que se sabe) Charles era muito próximo da família e frequentava diariamente a reitoria e o jardim dos Liddell até que em 1863, depois do final de Junho, ele simplesmente parou de fazer menções a essas visitas em seus diários, a gente podia falar que de tanto visitar, ele achou que era a casa dele e não era mais necessário registrar isso em seu diário, mas as páginas dos dias 28, 29 e 30 foram arrancadas e a gente nunca soube e nem saberá o que foi que aconteceu nesses dias (acredito que se for à casa do Edward Wakeling, você encontra essas páginas num cofre ou num piso falso) os especialistas dizem que nesses dias foi em que rolaram alguma treta entre ele e os Liddell que fez com que ele fosse “convidado a se retirar da residência” ou seja, levou um pé, as teorias para o que foi essa treta são tantas que deveria haver um concurso (eu mesmo escreveria umas mil) mas por que estou falando sobre isso? Por que o se o livro está contando a relação da Alice com Lewis Carroll tem que passar por esse “detalhe”, e ele passa, mas não na passagem da primeira parte para segunda. A Segunda parte, Alice já é uma linda donzela (rsrsrsrsr ta parei, no livro ela é donzela mesmo) que arrebata o coração do príncipe Leopold, filho mais novo da rainha Vitória, ela vive atormentada pelos fantasmas do passado, o que aconteceu entre ela e o senhor Dodgson (seja lá o que tiver acontecido) a deixou um pouco mau falada, e é como uma sombra que ameaçasse a seu conto de fadas com príncipe, e ainda tem o John Ruskin infernizando a coitada como se sua mãe não fosse o suficiente. Se na primeira parte eu vomitei arco íris, nessa eu vomitei minhas tripas, Eu não gosto nem um pouco da Alice dessa segunda fase, não sei se é por que eu acostumei com a idéia (ainda que muito possivelmente irreal) de uma Alice mais sincera, rebelde, e até atrapalhada (uma possível personagem de Os Bridgertons) e aqui temos uma Alice, romântica, menos sonhadora que a da primeira fase e muito apaixonada (cof cóf iludida cóf cof) com seu relacionamento com o príncipe, a maneira como ela trata e se refere ao senhor Dodgson  faz qualquer leitor (que não seja eu) pensar que ele fez algum mal para ela, mas um mal bem grande, daqueles dignos de forca! E para piorar fica o senhor Ruskin insinuando coisas... Eu não sei qual a real participação do senhor Ruskin nessa história, para quem não sabe quem foi esse ser, ele foi um artista do século dezenove de um movimento chamado pré-rafaelismo que teve nomes como Dante Rosseti e Everett Millais, John Ruskin protagonizou um dos maiores bafos da Era Vitoriana, é citado algumas coisa no livro, mas para maiores informações recomendo vocês assistirem o filme Effie Gray,








John Ruskin, oscar de coadjuvante na segunda parte





Obra de Dante Gabriel Rosseti, estilo conhecido na época como pré-rafaelismo










Apesar do Ruskin se tornar até mais legal que a Alice nessa parte, vamos voltar a historia da “donzela” indefesa apaixonada pelo príncipe encantado, não foi totalmente ideia da autora romantizar a história de tal forma que fizesse Alice viver um conto de fadas (bem diferente da do País das Maravilhas) O príncipe Leopold da Albânia realmente existiu e estudou em Oxford nesse período (década de 1870) (foto do príncipe)  chegando a “flertar” com Alice, mas esse “flertar” precisa ser mais discutido, uns dizem que ela foi considerada uma possibilidade de casamento (ta na Wikipédia dele) outros dizem que ele estava interessado na Edith, o que se sabe é que ele deu um broche de diamante para a Alice e ela usou no dia do casamento, (se você ganhasse um broche de um príncipe, você não o usaria no dia do seu casamento?) mas ele não casou com nenhuma plebéia, saiu de lá e casou com um princesa, no livro ele está muito apaixonado pela a Alice mas por causa de seu “passado obscuro” a mãe dele acha melhor ele não ficar com ela, a cena dele dando um pé nela pode parecer bem triste para alguns e eu também achei, mas depois de ler o final eu volto naquela cena e dou risada, e claro, analisando todo o contexto histórico e que se ele realmente amasse Alice ele não iria se importar com o que aconteceu e ia desobedecer a mãe, mas nããão, o filinho da mamãe voltou para a casa depois de ter morrido a menina pela qual ele supostamente não estaria apaixonado, Edith ( eu não estou insinuando nada só não engulo esse casal). A irmã da Alice morre, a cena dela doente é de cortar o coração (isso se você não leu um outro livro chamado Alice Aos 80, eu vou falar dele aqui mais para frente) e a dela morrendo é mais ainda, a Alice só sofre, coitada, aí vem a terceira parte.
Eu vou ser sincera, não li muito a terceira parte, parei depois que o senhor Dodgson morre, vi ela se reencontrando com o verdadeiro Peter Pan (sim, também houve um Peter Pan, ninguém fala muito do caso dele, mas o fato é que ele se jogou debaixo de um trem!) o marido dela é um mala (nesse livro a gente odeia o Reginald, mas aprende  a amá-lo em Alice aos 80) os filhos dela são desinteressante, a cena que ela os leva para conhecer o Sr Dodgson me fez  começar a ficar com raiva dela (apesar do livro ser pelo ponto de vista dela, eu não via pelo ponto de vista dela), a parte que eles morrem na guerra é triste, (só sobrevive o que ela menos gostava: Caryl, que porra de nome Caryliano é esse? Não estou insinuando nada, isso começou com a Florence Black Lennon) e blá, blá blá... aí eu pulo para as páginas finais afim de saber o que realmente houve naquela tarde em que eles voltavam de trem (a última cena da primeira parte e a última cena conhecida do Lewis Carroll com os Liddell) e.... e.....
Aí eu jogo o livro no chão e grito
“FEEEEELHA DA POOOOTAAAA!!!!!”  (me referindo a Alice) Mas eu vou deixar bem claro que eu sou bem diferente de vocês, então pode ser que vossa reação não seja a mesma.
Eu queria muito fazer uma resenha sobre esse livro, agora eu fiz, espero que tenham gostado, e mesmo que não tenham, apenas leiam esse livro, ainda que você não conhecia essa história, leia, mas leia assim, como se fosse ficção, não como se fosse a biografia verdadeira da Alice, por que ninguém ia ta querendo saber a história dela se não fosse o maldito do senhor Dodgson e para biografia ela ta muito nojenta e ingrata. Eu sei que na realidade ela foi diferente, pelo menos eu espero que tenha sido.
A cena que eu mais gosto é: a dos fogos quando eles estão sentados no banco conversando antes de chegar a governanta.

TAQUIPARIU QUE CENA ROMANTICAMENTE LIIIIIIIIENDA!!!!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A Menina no País das Maravilhas


“Eu não pude evitar” aposta que se perguntasse para o Lewis Carroll o que ele não pude evitar ele olharia para a...
-Olharia para quem, Jaqueline?
-Eu não disse para quem, Wakeling, eu ia dizer para o quê.... é né... aquele 1% David .Slavitt....





Phoebe (se pronuncia Fíbi) Litchen (Ella Fanning) é uma garotinha estranha que  adora o País das Maravilhas, é esperta, questionadora, sonhadora e.... tem uns hábitos estranhos como cuspir, pular escadas e lavar as mãos... então ela decide participar de uma peça de teatro na escola que é Alice no País das Maravilhas (mas você não sabe se País dos Espelhos ou País das Maravilhas) são os dois. Aí entra a senhorita... Dodger, cujo o sobrenome foi escolhido com muito carinho pelo autor do filme (sabedores saberão).
Levou umas 24 horas para baixarem esse filme na Lan House, mas conseguiram, quando eu comecei a assistir eu falava “essa menina foi baseada em mim”, detalhe: eu só havia visto o trailer, então a medida que ela se arranha e se sente em no precipício o tempo todo eu fui vendo que eu não tenho esse tipo de devaneio mental (tenho outros), o filme trata basicamente da relação dela com sua mãe, um procrastinadora que também ama Alice e que as filhas sejam diferentes, e da relação de Phoebe com o mundo a sua volta, ela vive no meio de pessoas que em contraste com sua personalidade reflexiva tornam-se chatas e desinteressante, menos Jammie, o garotinho ator e única criança com quem Phoebe faz amizade. Ao decorrer do filme vemos diversas referências as obras de Carroll, entendemos que a protagonista enxerga o mundo através delas, e cada pessoa do seu cotidiano torna-se um clássico personagem do livro, situações também são comparadas e metáforas de cenas famosas do País das Maravilhas se fundem com a realidade na mente de Phobe. Além dessa esfera, percebemos a complexidade de sua relação com a família e com si mesma, muitas vezes ela toma atitudes rudes e mal educadas e fica muito evidente que não são por que ela quer, pelo menos é o que ela diz o filme todo: “Eu não consigo evitar”, mas se equivoca quem pensa que  a guria é malcriada e usa isso como desculpa, alguns também chegam a pensar assim, mas a verdade é que Phoebe.... bem, aí tem que assistir o filme até o final,  mas até lá o enredo é interessante e sensível, os diálogos são profundos e  tem cenas muito comoventes. A irmã de Phoebe, Olívia, se repararmos nela mais do que a própria família veremos que ela é muito inteligente e tão interessante quanto a protagonista, mas não tem os mesmo problemas.
Eu não sou nenhuma especialista em cinema, o máximo que eu faço é assistir Pipocando, (aliás eu recomendo até para quem não é cinéfilo, é muito bom) então não me peçam um análise da atuação e tudo mais por que eu só estou fazendo resenha por que tem algo a ver com o que eu gosto muito, mas as atuações são boas, embora as expressões da Ella Fanning no psiquiatra tenham me lembrado as do Walter (Kevin Bacon) em O Lenhador, quando ele também está no psiquiatra (será a cara que as pessoas fazem quando estão sendo analisadas?) . Eu gostei muito desse filme e recomendo a todos os fãs de Alice pelas referencia diretas e também pela trama muito bem desenvolvida, e disso a todos.
A cena que eu mais gosto é a conversa, a primeira conversa que ela tem com a senhorita Dodger no alto do palco.


O que não pode May Cohen Trailer Official fanfic Fanmade