A Culpa é de quem?
Uma coisa é certa, eu tenho que começar a escrever obre os
livros que eu tenho na minha estante ou ter um blog não servirá de absolutamente
nada além de eu postar de vez em quando umas coisas que eu acho que vão
interessar as pessoas que o lêem.... Eu
e Ninguém, até Deus deve acessar blogs mais interessantes... em fim (esse devia
ser o nome de um canal no You Tube para mim por que eu repito muito esse termo)
não escrevo por que não sei ou não tenho sobre o que escrever, não escrevo por
que simplesmente tenho preguiça mas isso vai ter que começar a mudar a partir
de hoje.
Tenho Uma fanfic para colocar o último capítulo mas não vou
por que um... (nem vou falar o que penso) resolveu empacar no capítulo 12, o
maldito capítulo 12, vocês lembram da May e do Jorge, não havia por que achar
que eles fariam algo tão horrível
Tenho resenhas para fazer
Tenho que falar sobre os filmes que assisti antes que eu me
esqueça deles
A Fanfic depois eu falo por causa dessa bronca toda, (tenho
que cuidar da volta do nosso Vilhens para cá)
Mas vamos pela resenhas
Hoje eu trago para vocês um livro que me deu muita raiva,
não por que ele é ruim ou decepcionante mas por que a autora escolheu contar
uma história real de uma maneira bem..... bem..... bem, eu vou explicar para
vocês. O livro é Eu Sou Alice (peloamordeDeus, não confundir com Hoje Eu Sou
Alice, a diferença de um Hoje é Ela tinha razão e ela nunca vai ter tido razão
na história) da escritora Norte Americana Melanie Benjamin
(autora Melanie Benjamin)
O livro conta a história de Alice Liddell, para quem não sabe (o que você está fazendo aqui?) Foi a melhor amiguinha que o escritor Charles Lutwidge Dodgson (vulgo Lewis Carroll) e para quem ele deu o manuscrito que anos depois viria ser Alice no País das Maravilhas, esse você conhece, o livro conta justamente essa relação dela com a ele e toda essa coisa de ter sido “musa inspiradora” e etc e tal. Há alguns livros que já fizeram isso, digo, contar a história de Alice e da “amizade” que ela tinha com o autor, mas o diferencial deste livro é que ele conta pelo ponto de vista da Alice (em primeira pessoa, como se Alice o narrasse), isso é, ao em vez de biografia, o livro toma o caráter de um romance de época, sim, um romance de época, mas eu não estou criticando, eu AMO romances de época (os Bridgertons, depois falaremos deles), mas há um, porém nisso tudo, é muito bom imaginar Alice com seus lindos vestidos de bailes nos salões decorados de Oxford, mas eu vou contar por que
Eu Sou Alice é divido em três partes, a primeira é quando
ela ainda é criança, para quem não sabe, ela tinha 4 aninhos quando conheceu o
escritor mas essa parte foca dos 7 aos 10 anos dela, nesse período ela é
questionadora, curiosa, reflexiva e mais parecida com a Alice do livro, a
relação dela com o Sr Dodgson (vocês sabem quem é) é mostrada de maneira doce,
sensível e nada, NADA, que eu com todas as forças negativas deste e de outros
universos posso dizer “Ai que absurdo, nossa, esse cara é um perigo para ela,
não tem nenhum adulto confiável por perto!”, o motivo é simples, ele é o único
ser humano que entende ela, pelo menos no livro, talvez na vida real ela
tivesse certas conversas com sua irmã mais nova, mas no livro não é mostrado
nenhuma criança com que ela tenha amizade, nenhum adulto, apenas o velho e
“bobo” Sr Dodgson, a relação deles é muito bonitinha, e as vezes da impressão
de que a Alice é mais perigosa do que ele (e vocês tem a confirmação disso no
final), de qualquer modo eu sempre digo que se pudesse eu arrancava essa
primeira parte, colocava um “e viveram felizes para sempre no final” e jogava o
resto fora, eu shippo os dois sim, descaradamente, assim como eu faço com o
Cedric e a Sophia.
Na história real, (ou que se sabe) Charles era muito próximo
da família e frequentava diariamente a reitoria e o jardim dos Liddell até que
em 1863, depois do final de Junho, ele simplesmente parou de fazer menções a
essas visitas em seus diários, a gente podia falar que de tanto visitar, ele
achou que era a casa dele e não era mais necessário registrar isso em seu
diário, mas as páginas dos dias 28, 29 e 30 foram arrancadas e a gente nunca
soube e nem saberá o que foi que aconteceu nesses dias (acredito que se for à
casa do Edward Wakeling, você encontra essas páginas num cofre ou num piso
falso) os especialistas dizem que nesses dias foi em que rolaram alguma treta
entre ele e os Liddell que fez com que ele fosse “convidado a se retirar da
residência” ou seja, levou um pé, as teorias para o que foi essa treta são
tantas que deveria haver um concurso (eu mesmo escreveria umas mil) mas por que
estou falando sobre isso? Por que o se o livro está contando a relação da Alice
com Lewis Carroll tem que passar por esse “detalhe”, e ele passa, mas não na
passagem da primeira parte para segunda. A Segunda parte, Alice já é uma linda
donzela (rsrsrsrsr ta parei, no livro ela é donzela mesmo) que arrebata o
coração do príncipe Leopold, filho mais novo da rainha Vitória, ela vive
atormentada pelos fantasmas do passado, o que aconteceu entre ela e o senhor
Dodgson (seja lá o que tiver acontecido) a deixou um pouco mau falada, e é como
uma sombra que ameaçasse a seu conto de fadas com príncipe, e ainda tem o John
Ruskin infernizando a coitada como se sua mãe não fosse o suficiente. Se na
primeira parte eu vomitei arco íris, nessa eu vomitei minhas tripas, Eu não
gosto nem um pouco da Alice dessa segunda fase, não sei se é por que eu
acostumei com a idéia (ainda que muito possivelmente irreal) de uma Alice mais
sincera, rebelde, e até atrapalhada (uma possível personagem de Os Bridgertons)
e aqui temos uma Alice, romântica, menos sonhadora que a da primeira fase e
muito apaixonada (cof cóf iludida cóf cof) com seu relacionamento com o
príncipe, a maneira como ela trata e se refere ao senhor Dodgson faz qualquer leitor (que não seja eu) pensar
que ele fez algum mal para ela, mas um mal bem grande, daqueles dignos de
forca! E para piorar fica o senhor Ruskin insinuando coisas... Eu não sei qual
a real participação do senhor Ruskin nessa história, para quem não sabe quem foi
esse ser, ele foi um artista do século dezenove de um movimento chamado
pré-rafaelismo que teve nomes como Dante Rosseti e Everett Millais, John Ruskin
protagonizou um dos maiores bafos da Era Vitoriana, é citado algumas coisa no
livro, mas para maiores informações recomendo vocês assistirem o filme Effie Gray,
Apesar do Ruskin se tornar até mais legal que a Alice nessa parte, vamos voltar a historia da “donzela” indefesa apaixonada pelo príncipe encantado, não foi totalmente ideia da autora romantizar a história de tal forma que fizesse Alice viver um conto de fadas (bem diferente da do País das Maravilhas) O príncipe Leopold da Albânia realmente existiu e estudou em Oxford nesse período (década de 1870) (foto do príncipe) chegando a “flertar” com Alice, mas esse “flertar” precisa ser mais discutido, uns dizem que ela foi considerada uma possibilidade de casamento (ta na Wikipédia dele) outros dizem que ele estava interessado na Edith, o que se sabe é que ele deu um broche de diamante para a Alice e ela usou no dia do casamento, (se você ganhasse um broche de um príncipe, você não o usaria no dia do seu casamento?) mas ele não casou com nenhuma plebéia, saiu de lá e casou com um princesa, no livro ele está muito apaixonado pela a Alice mas por causa de seu “passado obscuro” a mãe dele acha melhor ele não ficar com ela, a cena dele dando um pé nela pode parecer bem triste para alguns e eu também achei, mas depois de ler o final eu volto naquela cena e dou risada, e claro, analisando todo o contexto histórico e que se ele realmente amasse Alice ele não iria se importar com o que aconteceu e ia desobedecer a mãe, mas nããão, o filinho da mamãe voltou para a casa depois de ter morrido a menina pela qual ele supostamente não estaria apaixonado, Edith ( eu não estou insinuando nada só não engulo esse casal). A irmã da Alice morre, a cena dela doente é de cortar o coração (isso se você não leu um outro livro chamado Alice Aos 80, eu vou falar dele aqui mais para frente) e a dela morrendo é mais ainda, a Alice só sofre, coitada, aí vem a terceira parte.
Eu vou ser sincera, não li muito a terceira parte, parei
depois que o senhor Dodgson morre, vi ela se reencontrando com o verdadeiro
Peter Pan (sim, também houve um Peter Pan, ninguém fala muito do caso dele, mas
o fato é que ele se jogou debaixo de um trem!) o marido dela é um mala (nesse
livro a gente odeia o Reginald, mas aprende
a amá-lo em Alice aos 80) os
filhos dela são desinteressante, a cena que ela os leva para conhecer o Sr
Dodgson me fez começar a ficar com raiva
dela (apesar do livro ser pelo ponto de vista dela, eu não via pelo ponto de
vista dela), a parte que eles morrem na guerra é triste, (só sobrevive o que
ela menos gostava: Caryl, que porra de nome Caryliano é esse? Não estou
insinuando nada, isso começou com a Florence Black Lennon) e blá, blá blá... aí
eu pulo para as páginas finais afim de saber o que realmente houve naquela
tarde em que eles voltavam de trem (a última cena da primeira parte e a última
cena conhecida do Lewis Carroll com os Liddell) e.... e.....
Aí eu jogo o livro no chão e grito
“FEEEEELHA DA POOOOTAAAA!!!!!” (me referindo a Alice) Mas eu vou deixar bem
claro que eu sou bem diferente de vocês, então pode ser que vossa reação não
seja a mesma.
Eu queria muito fazer uma resenha sobre esse livro, agora eu
fiz, espero que tenham gostado, e mesmo que não tenham, apenas leiam esse
livro, ainda que você não conhecia essa história, leia, mas leia assim, como se
fosse ficção, não como se fosse a biografia verdadeira da Alice, por que
ninguém ia ta querendo saber a história dela se não fosse o maldito do senhor
Dodgson e para biografia ela ta muito nojenta e ingrata. Eu sei que na
realidade ela foi diferente, pelo menos eu espero que tenha sido.
A cena que eu mais gosto é: a dos fogos
quando eles estão sentados no banco conversando antes de chegar a governanta.
TAQUIPARIU QUE CENA ROMANTICAMENTE LIIIIIIIIENDA!!!!