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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A Menina no País das Maravilhas


“Eu não pude evitar” aposta que se perguntasse para o Lewis Carroll o que ele não pude evitar ele olharia para a...
-Olharia para quem, Jaqueline?
-Eu não disse para quem, Wakeling, eu ia dizer para o quê.... é né... aquele 1% David .Slavitt....





Phoebe (se pronuncia Fíbi) Litchen (Ella Fanning) é uma garotinha estranha que  adora o País das Maravilhas, é esperta, questionadora, sonhadora e.... tem uns hábitos estranhos como cuspir, pular escadas e lavar as mãos... então ela decide participar de uma peça de teatro na escola que é Alice no País das Maravilhas (mas você não sabe se País dos Espelhos ou País das Maravilhas) são os dois. Aí entra a senhorita... Dodger, cujo o sobrenome foi escolhido com muito carinho pelo autor do filme (sabedores saberão).
Levou umas 24 horas para baixarem esse filme na Lan House, mas conseguiram, quando eu comecei a assistir eu falava “essa menina foi baseada em mim”, detalhe: eu só havia visto o trailer, então a medida que ela se arranha e se sente em no precipício o tempo todo eu fui vendo que eu não tenho esse tipo de devaneio mental (tenho outros), o filme trata basicamente da relação dela com sua mãe, um procrastinadora que também ama Alice e que as filhas sejam diferentes, e da relação de Phoebe com o mundo a sua volta, ela vive no meio de pessoas que em contraste com sua personalidade reflexiva tornam-se chatas e desinteressante, menos Jammie, o garotinho ator e única criança com quem Phoebe faz amizade. Ao decorrer do filme vemos diversas referências as obras de Carroll, entendemos que a protagonista enxerga o mundo através delas, e cada pessoa do seu cotidiano torna-se um clássico personagem do livro, situações também são comparadas e metáforas de cenas famosas do País das Maravilhas se fundem com a realidade na mente de Phobe. Além dessa esfera, percebemos a complexidade de sua relação com a família e com si mesma, muitas vezes ela toma atitudes rudes e mal educadas e fica muito evidente que não são por que ela quer, pelo menos é o que ela diz o filme todo: “Eu não consigo evitar”, mas se equivoca quem pensa que  a guria é malcriada e usa isso como desculpa, alguns também chegam a pensar assim, mas a verdade é que Phoebe.... bem, aí tem que assistir o filme até o final,  mas até lá o enredo é interessante e sensível, os diálogos são profundos e  tem cenas muito comoventes. A irmã de Phoebe, Olívia, se repararmos nela mais do que a própria família veremos que ela é muito inteligente e tão interessante quanto a protagonista, mas não tem os mesmo problemas.
Eu não sou nenhuma especialista em cinema, o máximo que eu faço é assistir Pipocando, (aliás eu recomendo até para quem não é cinéfilo, é muito bom) então não me peçam um análise da atuação e tudo mais por que eu só estou fazendo resenha por que tem algo a ver com o que eu gosto muito, mas as atuações são boas, embora as expressões da Ella Fanning no psiquiatra tenham me lembrado as do Walter (Kevin Bacon) em O Lenhador, quando ele também está no psiquiatra (será a cara que as pessoas fazem quando estão sendo analisadas?) . Eu gostei muito desse filme e recomendo a todos os fãs de Alice pelas referencia diretas e também pela trama muito bem desenvolvida, e disso a todos.
A cena que eu mais gosto é a conversa, a primeira conversa que ela tem com a senhorita Dodger no alto do palco.


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